ISHQ E MUSHQ - AMOR E CHEIRO
PRIYA BASIL
Sinopse:
Quando Sarna Singh trocou Uganda pela Inglaterra, ela não esperava encontrar ruas decadentes. Seu marido fora seduzido pela cidade de Londres. A mulher, entretanto, está convencida de que eles se mudaram para que seu companheiro pudesse visitar suas amantes inglesas. Sarna também está atormentada por um erro que cometera quando jovem, ainda na Índia. Para afastar as memórias indesejadas, ela cozinha sem parar, adoçando seus pensamentos com açúcar ou sufocando-os com o tempero mais forte que possui. Quando ela recebe uma inesperada carta, seu equilíbrio cai por terra. A carta traz um ultimato que ela não pode ignorar.
Tradutor : INES CARDOSO
Categorias: Literatura estrangeira
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA
Selo: NOVA FRONTEIRA
Formato: Livro
Ano de Lançamento: 2008
Número de Páginas: 416
ISBN: 9788520920824
Idioma: português
Encardenação: Brochura
19/01/2015
Meio pão e um livro
de Aurea Cristina Szczpanski
"Amor e cheiro Estou saboreando (veja que não disse ‘devorando’) o suculento “Ishq e Mushq: Amor e Cheiro”, de Prya Basil
É possível que eu não termine a leitura, indisciplinada e inconstante que sou… Adoro protelar os desfechos, não por que os anseie: odeio desfechos! Em verdade, vos digo: nenhuma estória realmente termina. Por isso gosto de contos em geral e de romances contemporâneos: ambos, feito donzelas sapecas e astutas, te deixam na mão, com aquela cara de “e aí? o que vem depois?” Prefiro mil vezes, super prefiro esta sensação àquela outra dos finais felizes (ou nem tanto… dramáticos, de qualquer modo…); e, de mais a mais, um naco maior pode provocar um engasgo fatal e pimba, lá se vão as perspectivas.
Pois bem, o romance se inicia com as palavras da mãe de Sarna, a protagonista, que por si só, dão muito o que pensar: “Lembre-se, existem apenas duas coisas que não podemos esconder: Ishq e Mushq. Amor e cheiro.”
E Sarna parece ter muito a esconder. Madame Bovary já há muito tempo libertou as protagonistas da abjeta obrigação de serem virtuosas. Mas não das suas lutas interiores (também nossas); nem das aparências (idem, amém nós todos), meu pai do céu! Assim, a jovem indiana tenta impregnar seus dias com o cheiro da comida que prepara, a fim de amenizar as dissidências da alma: